Todos nós somos movidos por emoções que são um conjunto de respostas baseadas nas memórias emocionais, que surgem a partir das experiências vividas, ou seja, pelos estímulos externos.
Tudo se move por um sentimento ou emoção. Aceitamos ou rejeitamos as coisas de acordo com o que recebemos, ouvimos, tocamos ou vimos. Isto é, pelos nossos cinco sentidos sensoriais. A nossa mente recolhe a informação e absorve como verdade ou mentira segundo a resposta, ou seja, ao significado que damos as palavras.
Desta forma, temos ouvido que perdoar não significar confiar novamente ou que perdoar não nos dá o direito de voltar a confiar. Tudo isso, deve-se ao significado que damos as palavras ou como criamos nossas crenças, valores e aceitação em relação aos sentimentos que surgem.
Sempre digo que o amor ele não termina, ele é substituido por outro sentimento ou emoção face a uma situação pontual. Pode ser de traição, engano, abusos, entre outros. Somos ofuscados quando permitimos que a tristeza, ódio, mágoa, ressentimentos tomam moradas em nossos corações.
É díficil perdoar e tornar a confiar se não conseguimos trazer de volta o sentimento de satisfação em relação à pessoa que nos magoou.
Agora, será que perdoar é um sentimento, uma emoção, uma decisão, um pensamento?
Que tipo de sentimento nos move para o perdão?
Vamos definir a palavra perdão. Ela vem do latim perdonare que significa a acção de perdoar, ou seja, aceitar ou pedir descuplas redimir-se em um acontecimento errado.
Podemos dizer que o perdão é uma decisão movida pelo sentimento de misericórdia e compaixão associado a capacidade de voltar a amar, ou seja, reconciliar. Também consideramos o perdão como um processo da mente que visa eliminar o ressentimento ou um outro sentimento negativo sobre determinada pessoa ou mesmo por si próprio.
O que pode dificultar a falta de perdão ou de voltar a confiar?
Os sentimentos negativos como ressentimento, mágoa, tristeza, dureza, orgulho, dúvida e o medo trazem respostas de luta, bloqueio ou ataque que impossibilitam a nossa mente de criar novos estímulos, ou seja, rompe a chance de liberar a esperança. Esses sentimentos podem trazer o desenquilibrio emocional e nos tornar pessas amargas, díficeis, intolerantes ou arrogantes. Tanto para quem precisa do perdão e para quem deseja perdoar precisam conhecer os sentimentos que nutrem dentro de si para poderem buscar a inteligência emocional de modo a aprenderem a gerir e controlar as suas emocões.
O perdão deve ser gerenciando dentro da inteligência emocional, pois, ela é uma grande aliada permitindo que a pessoa olhe para o outro e para si mesma e enxergue as razões por trás do comportamento negativo.
Sabemos que não podemos mudar o passado, porém, libertando o perdão podemos transformar o significado que damos ao conhecimento.
É necessário permitir que a nossa mente e coração possam criar emoções e sentimentos positivos como amor, alegria, sinceridade, gratidão, compaixão e espontaniedade. Tais sentimentos trazem respostas positivas que despertam harmonia e motivam para a decisão de perdoar e ser perdoado.
Perdoar é voltar a confiar?
O processo de confiança começa com a determinação para a mudança. Sabemos que o primeiro passo é o perdão, que está associado a capacidade de amar. Já a confiança está associada a capacidade de fazer de novo, ou ressignificar o valor que damos ao relacionamento.
É um conjunto de sentimentos e emoções positivos que devemos desenvolver para que a confiança possa renascer.
Na verdade, o confiar está, mas para o lado do ofensor, isto é, de quem precisa do perdão, porém, só será possível se a pessoa que se sente ofendida transmitir energia positiva e saber acolher sem julgar negativamente para que se crie estímulos de sinceridade, aproximação, liberdade, ajudae diálogo. Não é fácil voltar a confiar, mas, é possível, principalmente para quem tem o Espírito Santo como conselheiro e consolador.
Como confiar?
Mundanças são necessárias para que a confiança renasça. Essas mudanças começam com o arrependimento. Pois o arrenpendimento é o primeiro estágio para a regeneração. E a confissão o segundo estágio para a libertação. Não pode existir perdão e confiança se não houver arrependimento e confissão.
Agora, do outro lado. Do lado de quem precisa voltar a confiar é necessário aceitar que houve uma falha, um erro, um engano e deixar o coração na disponibilidade do Espírito Santo e confessar a sua incapacidade de perdoar ou de voltar a confiar.
Por isso, eu trago aqui os seis níveis do perdão.
Níveis do perdão declarados pelos predicativos.
É preciso que ao escolhermos cada predicativo, consigamos dar um significado positivo de modo a levar a nossa mente a aceitar passar para o nível seguinte.
Podemos também como cristão que somos lembrar o que Deus diz nas suas escrituras em Isaías 43:18 “ Não vos lembreis das coisas passadas, nem considereis as antigas”. Aqui olhamos e percebemos que Deus nos dá a capacidade de regeneração e de mudança. Então, é possível permitir que a nossa mente crie pensamentos novos e deixe para trás os acontecimentos antigos e de dor ou ressentimento. Ainda em I João 1: 9 encontramos “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça.”.
Se olharmos pela definição do dicionário Porto Editora, a palavra purificar significa: tornar puro, santificar, limpar, remir os pecados e aperfeiçoar. Desta forma, podemos dizer que purificar de toda a injustiça é libertar, dar a oportunidade para fazer de novo, resnacer para a justiça, verdade e confiança.
É possível sim tornar a confiar depois do perdão, mas essa dádiva precisa estar acompanhada pela graça e misericórdia de Deus. Se deixarmos os nossos corações livres de qualquer acusação e permitir o Espírito Santo de Deus reinar em nós, teremos relacionamentos alegres e reconstruidos.
Ame e deixe-se ser amado.
Que Deus a todos abençõe rica e poderosamente.
Quica Ferrão____
licenciada em Língua Portuguesa e Comunicação, Membro da Assembleia de Deus Pentecostal Ministério do Maculusso, professora da Escola Bíblica Dominical
A vida a dois começa quando, individualmente, o homem - mulher pensa em se unir a outro para viver um relacionamento. Nessa união, estão sujeitas muitas coisas, como alterações de alguns hábitos e costumes, bem como adaptação a outros hábitos e costumes ao delinear de uma longa vida do casal, em que são criadas novas regras, embora, ambos tenham trazido consigo costumes adquiridos na sua infância e vida adulta, quer por influência familiar ou social.
A união que começa com o despertar dos corações, está associada à ligação mente e corpo.
Como começa essa união?
Devemos primeiro perceber quem é a pessoa, a qual desejamos ter ao nosso lado, estudar a sua maneira de pensar, seus atributos, costumes, a maneira de ver a vida e o mundo e como ela/e enfrenta os problemas.
Quando nos referimos aos casados de corpo, relacionamos este casamento ao sexo, pois, o acto conjugal culmina com a união sexual, que é importante para o casal.
A vida sexual é importante dentro de uma relação amorosa, ela tem a sua própria linguagem que pode ser idêntica entre casais como não, dependendo do ponto de vista de cada um, bem como com os pontos picos do seu corpo.
Os casados de corpo estão mais ligados aos aspectos sexuais, formato do corpo, sensualidade com uma única linguagem, isto é, prazer ou satisfação. A satisfação sexual nem sempre abrange os dois lados, porque, às vezes somente um pode vir a ficar satisfeito e o outro não.
Fase 1: Estrutura de um relacionamento.
Às vezes, pensamos que um relacionamento é uma estrutura a dois, um homem e uma mulher. Acreditamos que, a estrutura do relacionamento começa assim. Na verdade, para que exista relacionamento é necessário que existam duas partes, mas a estrutura dele tem muito a ver com o que ambas as partes têm para oferecer, ou seja, para plantar na relação.
A estrutura de um relacionamento começa na forma como cada um vê o outro, a visão que temos em relação ao nosso parceiro.
É muito simples acreditar que quando se está apaixonado, ele(a) é tudo para nós, nessa fase estamos tão eufóricos que somente vemos coisas lindas, e não olhamos para os detalhes.
DICAS: Estes detalhes são os que permitem ter uma ligação corpo-mente.
Para os casados de corpo com mente solteira, os detalhes não são importantes, somente o reflexo da paixão é que fala mais alto.
A estrutura de um relacionamento começa na fase do diálogo, na qual cada um fala de si, daquilo que gosta, seus medos, suas ansiedades, sonhos, virtudes, até mesmo os defeitos. É preciso que, no início do relacionamento consigamos abrir mão daquilo que, provavelmente, poderá ser prejudicial para a vida futura.
Nós não precisamos chegar até ao extremo para identificar as nossas falhas desculpas podem ser evitadas.
Quando, no início da relação, o casal opta pela linguagem psicoemocional, faz com que ambos consigam se entender, pois, desenvolvem a empatia, isto é, a capacidade de entender ou se colocar no lugar do outro.
Umas das razões que podem desestruturar um relacionamento é o fingimento, excesso de zelo, dependência, autoritarismo e abuso sexual.
Assim, podemos considerar que, para a estrutura do relacionamento há pilares a ter em consideração como: o diálogo, confiança, transparência, liberdade, verdade, amizade, humildade, pois, estes irão permitir que, consigamos chegar até a estrutura de uma mente casada.
Quando estamos na 1ª fase do relacionamento, esta que estamos a falar, é necessário que se desenvolva uma relação cooperativa. Conhecer os ideias do seu parceiro, ajudarem-se em relação aos sonhos e projectos.
DICA: Não desenvolva pensamentos de conquista se o seu (a) parceiro(a) não estiver ligado ao mesmo pensamento.
Fase 2: Estrutura do corpo casado com mente solteira.
Deixar a toalha por cima da cama, sair da mesa e deixar a cadeira afastada talvez seja típico de quem sempre teve uma vida solteira. Ter os fins de semana com os amigos e chegar altas horas da noite, pode ser um indicativo de uma mente solteira.
Ter sempre tempo para as coisas pessoais e nunca, para as colectivas ou mesmo do parceiro, também, é indicativo de uma mente solteira.
Então, como saber se estamos na presença de uma mente solteira?
Frases como:
- Estou bem assim; Sinto-me bem sozinho;
- Não se incomode comigo;
- Depois vejo isso;
- Irei sair, não espere por mim;
- Pouco diálogo em casa;
- Pouca partilha de ideias;
- Pouca partilha de conhecimentos;
- Sentimento de abandono;
- Sentimento de superioridade;
- Sentimento de inferioridade.
Todos esses indicativos podem revelar que seu parceiro/a tem uma mente solteira, há quem diga que é falta de amor, talvez sim, talvez não. Apesar de o amor ser importante, existem requisitos para o sustento do próprio amor e consecutivamente da relação amorosa.
Quando falo em corpos casados com mentes solteiras, quero dizer que, não existe algo que indica que ambos precisam estar sempre juntos, ou conversarem sobre ideias ou projectos nem tão pouco a preocupação de saber como o outro está.
O único indicativo da mente solteira é o sexual, que é activado sempre que existe uma necessidade para o mesmo.
O sensor da mente vocacionado pela ligação corpo-corpo é acionado e o que se reflecte no comportamento é o desejo sexual. Uma vez realizado o desejo, ele desliga-se automaticamente e volta ao seu estado normal de desapego a pessoa, no qual ele diz amar.
Dica: Construa uma relação voltada para o companheirismo.
Penso que, é comum algumas expressões como:
- Ele não se importa comigo, só procura por mim quando quer saciar as suas vontades;
- Ela não se interessa pelas minhas coisas;
- Nunca recebi um elogio dele(a);
- Parecemos dois estranhos na mesma casa;
- Ele(a) não é atento em relação aos meus sentimentos.
Em alguns casos, não é por falta de amor, mas nunca se primou por uma ligação psicoemocional, ou seja, no início do relacionamento não se desenvolveu uma mente a dois.
Não é que o parceiro tenha de fazer tudo para si, mas de vez em quanto no início de um relacionamento, algumas tarefas devem ser divididas ou partilhadas.
Quando falo em início do relacionamento, falo da fase do namoro, em que começa as classificações do que poderá ser a vossa vida futura.
Como o seu parceiro se relaciona consigo no namoro, indicará muito como é o seu carácter afectivo. O tipo de conversa indica o nível de inteligência de cada um. A maneira como ele trata as pessoas também é fundamental.
Não quero com isso dizer que, não se deve ter momentos a sós, momento de reflexão ou de tempo de qualidade com os amigos. Mas, tudo em dose certa, porque o exagerado faz mal.
Hoje em dia, as mentes solteiras vivem muito ligadas às redes sociais, são capazes de se sentir mais à vontade com os amigos virtuais e com as piadas na internet do que com o seu companheiro. A dependência as redes sociais tem levado muitos a desenvolverem essa capacidade de mente solteira.
Seu(a) companheiro(a) é o telemóvel, computador, tablet entre outros.
Seu parceiro fica muito tempo nas redes sociais, mesmo quando vão jantar a dois?
Os indicativos da mente solteira estão voltados para o que ele deseja a mente solteira, não admite ser influenciada nem tão pouco que se altere alguma coisa na sua maneira de ser ou pensar. Muito distraída em relação ao mundo a dois.
Fase 3: Estrutura de uma mente casada
Antes de falarmos da mente casada, vamos abordar os 4 pilares para ter uma ligação mente/corpo.
Sabemos que, muitos relacionamentos começam com o despertar de algo físico, gostar dos lábios, forma de andar, sorrir e de ser ou estar. Dentro destas, vai surgindo a criação do pensamento, ou seja, começamos a desenhar o nosso amor de acordo com as nossas expectativas, e não do que realmente a vida nos proporciona.
Porquê que alguns relacionamentos não vão além dos três anos, ou quanto menos, meses? Por causa das ideias individuais. E porque queremos a pessoa de acordo com o que somos ou queremos.
Ele(a) é tudo que eu imaginei, faz o género de pessoa que sempre procurei, nada contra os traços comuns que encontramos.
Então, vamos aos pilares da estrutura de uma mente casada.
Primeiro pilar – Físico: Está associado ao corpo, atracção física, gostar do andar, do corpo, do sorriso, dos olhos, do cabelo, do peito. Engana-se quem diga que esses aspectos não são importantes no primeiro contacto. São sim de grande relevância.
Segundo pilar – Intelectual: Descobrir o que têm em comum, aquilo que permite que se entendam de modos a estimular a mente um e do outro.
Terceiro pilar – Espiritual: Está relacionado aos valores, crenças até mesmo religião. Na espiritualidade, o casal consegue perceber como está o nível de valores que cada um acredita ter, para não serem sufocados, no qual a crença de um prevalece em relação a do outro. Desenvolver a espiritualidade é fundamental para se puder estar atento, quando surgirem os problemas. Aí, descobrimos como cada um consegue lidar com uma determinada situação e como ambos encontram soluções para um determinado assunto ou problema.
Quarto pilar – Emocional: Quando ambos se sentem felizes dentro do relacionamento. Quando cada um além de se preocupar com a própria felicidade, também, se preocupa em fazer o outro lado feliz, em fazer o outro rir, sentir-se seguro, especial, único e qualquer outra emoção que favoreça aos dois.
Para que consigamos despertar um corpo casado com uma mente casada, é fundamental que tenhamos, em nossas vidas, os quatro pilares.
Nunca se case com alguém que no primeiro encontro chame-lhe de gostosa, você não é comida ou bebida. Procure alguém que o respeite pelo que é. Tome em atenção aos olhares e expressões faciais. Lembre-se de que, todo o nosso corpo emite sinais.
Estudar os sinais verbais e não verbais antes de começar qualquer relação é importante.
Sinais como:
- Morder os lábios;
- Ficcionar as mãos;
- Olhar fixo;
- Suor;
- Tocar em lugares íntimos do seu corpo;
- Bater em lugares íntimos do seu corpo;
- Perguntar qual é a roupa íntima que está a usar;
- Tentar manipular os seus sentimentos;
- Conversas muito voltadas para o lado sexual;
- Dizer olha como me deixa excitado;
- Vê como eu estou.
Estes sinais são indicadores duma relação, em que o parceiro está mais ligado ao aspecto sexual, ou seja, sua linguagem e assunto estão relacionados ao prazer sexual.
Todos esses sinais e provavelmente que possam existir outros, podem ser indicativos de como é a linguagem que se espera da pessoa amada. Com os tais, podemos analisar que este parceiro está mais disposto à ligação corporal, ou seja, sexual do que propriamente dita uma ligação de companheirismo que engloba a mente.
Está disposto a saber se a sua ligação é corpo-corpo ou mente-corpo. Se é um casado de corpo com mente solteira ou casado de corpo e de mente?
Vamos a um pequeno questionário.
- O meu companheiro se importa com o meu futuro?
- O meu companheiro tem planos para mim?
- O meu companheiro acredita em mim?
- O meu companheiro traça os seus planos comigo?
- O meu companheiro conversa comigo?
- Nós desenvolvemos uma vida sexual saudável?
- As nossas crenças interligam-se?
- Ele (a) consegue se aperceber quando estou a passar por algum problema?
- Ele (a) sente quando estou triste?
- Ele (a) procura saber como foi o meu dia?
- Ele (a) desenvolve o seu lado de criança?
- Ele (a) Convida-me para passear?
- Existe comunicação?
- Existe cumplicidade?
- Existe amizade?
Se a sua percentagem for abaixo dos 5%, deve rever a sua relação. Se for acima dos 5% deve melhorar a sua relação.
O facto de estarmos quase na meta, não implica que os esforços devam diminuir. O trabalho é tanto para os que devem rever o seu relacionamento, como os que desejam melhorar.
Uma mente casada está interessada num relacionamento cooperativo, no qual ambas as pessoas saiam satisfeitas, em que há comunicação assertiva, e o casal se importa com o bem-estar do outro e os valores se completam.
Aprender a linguagem de amor do parceiro é importante para se desenvolver uma mente casada. É com a linguagem primordial do amor ou afectividade que cada um esconde o que mais deseja.
Somente podemos entender tudo isso, se a nossa capacidade de observar os detalhes estiver activada.
- Hoje, não me deste um bom dia;
- Hoje, não enviaste a minha mensagem;
- O meu beijo;
- Não podes passar na loja por mim;
- Compra-me um chocolate.
Há quem as chame de coisas banais, mas têm certa relevância na comunicação assertiva daquela que é a linguagem do seu parceiro.
Vamos desenvolver um corpo casado e uma mente casada com os nossos parceiros?
DICA: Os casais emocionalmente inteligentes estão intimamente familiarizados um com o outro.
Construindo a mente casada
Quando dissemos que amamos alguém, na verdade, é um sentimento que nasce dentro de nós por essa pessoa, ou seja, ela passa a ter vida dentro do nosso coração. A Bíblia diz que devemos amar ao nosso próximo como a nós mesmo (Mateus 22:39). Apesar de que, estamos a falar de um amor conjugal, esta passagem também diz respeito ao relacionamento, por isso, quem a si mesmo ama, deve aprender a amar ao outro de igual modo.
Também Apóstolo Paulo em Efésios 5: 25- exorta os maridos a amarem as suas mulheres, como Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela.
Vejamos, se dissemos que amamos alguém e a aborrecemos, isto não é amor, pois, o amor é paciente, benigno, não inveja e trata com doçura.
Sendo assim, se alguém nasce dentro do nosso coração, e nós gostamos de cuidar de nós, logo, assim também devemos ter o cuidado com o nosso parceiro.
Logo, o corpo casado com mente casada, começa no amor que nasce dentro de nós pela pessoa amada, e esse amor é um pacote completo de virtudes que já foram mencionadas acima. Mas, não faz mal reescrever: paciência, benignidade, paz, respeito, fidelidade, companheirismo entre outros.
Não se pode desenvolver uma mente casada, se estes pressupostos não estiverem em evidência. Isso não é o companheiro quem deve cobrar de si, é algo pessoal que se desenvolve em quem ama. Agora, se não tem esses requisitos, reaprenda o conceito de amor que tem.
Quando se pretende construir uma mente casada o primeiro indicativo da mesma é o bem-estar da pessoa amada. O que realmente pode deixar essa pessoa feliz, segura e participativa.
Olhe para dentro de si, o que gostaria de ter para si? Quais são os seus sonhos, vontades até mesmo ilusões? Como visualiza o seu interior? O que realmente lhe faz feliz e realizado? Desta forma, estes também podem ser os desejos do seu parceiro.
O segundo indicativo é conhecer as emoções da pessoa que se ama. O Seu temperamento, como toma as suas decisões, se é flexível, amável e se sabe perdoar.
Isto ajuda a construir uma mente a dois e desenvolve a empatia entre o casal. Aquilo que muitos chamam de alma gémea.
Somos todos construtores dos nossos relacionamentos, não depende de uma única pessoa no lar, ou de funções atribuídas, mas sim do significado que damos a quem amamos e as coisas que elas fazem por nós e para si mesmo.
Quica Ferrão, licenciada em Língua Portuguesa e Comunicação, Membro da Assembleia de Deus Pentecostal Ministério do Maculusso, professora da Escola Bíblica Dominical